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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Meus Poemas - Quereres


A glória do dia se foi bem mais tarde.
A minha mais nova poesia, há pouco tão forte, 
já envelheceu - assisti, com descaso, 
a entonação da última rima.

Anoiteceu. Já não arde o corte.
Foi-se embora o sufoco...

Perco-me na neblina.
Um fantasma despido segue, 
sem destino, no meio do nada.
Minha identidade expirou.
Meu plasma se exauriu.

Sei que havia um tempo,um dia...
mas, há séculos não ouço o tic-tac de um relógio.
Confesso que eu queria mais um destaque,
um episódio apenas: num capítulo de um livro qualquer.
Numa cena de filme classe b, 
ou ser citado numa trilha de novela do SBT.

Apenas uma chance de acreditar no destino.
Quem sabe ter sonhos (acho que já os tive um dia...).
Não sei de mais nada. A memória se esgotou.
Estou sem pilha.
Desandei.

Desatinos, pesadelos, imagens desfocadas,
nada de horizontes nesta ilha.
Sôfregos desejos, fragmentos sem sequência
de uma fita irreconhecível, sem registro, sem data...
Tudo desandou.
Pane no sistema!
Paciência... 

Mas eu queria sim.
Quem sabe algo bem mais simples.
Um momento fugaz. Uma emoção banal,
chinfrim, dessas de folhetim, de novela.

Paixão?...-nem pensar!
Nada de frenesi, de estupor,
nem mesmo aquela suave tontura
ou suave rubor e arrepio.

Volto à realidade: Tudo aqui é tão frio.
Sem perspectiva, sem idade, sem futuro.

Mesmo assim eu queria... 
Sigo pela rua: nehuma alma viva.
Todos se foram sem piedade.
Sem aviso, fiquei no escuro,
a sós...com meus desejos.

Resolvo caminhar pela cidade vazia.
O sol brilha lá em cima. Mas sou apenas um vulto.
Um espectro sem sombra em plena solidão do meio-dia.

Sinto que tudo parece combinar comigo.
Recuso-me a aceitar isso.
Definitivamente não me adapto à esta realidade.
E sinto medo. 
Medo de ser tarde para contar meu segredo.
peito aberto, verdade nua.

Mas vou contar...
Eu quero sim, com o que me resta,
na zona-morta do nada,
neste memorável momento
decretar a eternidade 
dar um beijo na lua!
Autor: Expedito Gonçalves Dias
(escrito em 29-07-2007-Varginha-23:15 h, em casa)
0002-Meus Poemas - Quereres

Meus Poemas - Falando de um Sonho


Inescrutável até mesmo para mim,
Eis o último baluarte da alma,
onde busco um aconchego afinal.
Sonho inevitável de carmim,
construído com muita calma e arte
no coração atemporal da realidade.

No significado oculto, bem urdido,
jaz a verdade telésia universal.
Dela não me aproprio pois é arredia
e se reduz ao escondido significado,
destemperado pela fatal amnésia
que o firmar do dia leva logo consigo.

Mas logo haveremos de nos encontrar,
pois persigo esta caça há muitos anos:
Sonho este, que inteligente se disfarça
às vezes em inocentes e amenas imagens;
outras, em atrozes e medonhos pesadelos.


Mas o excesso de zelo vai condená-lo.. Ver imagem em tamanho grande
...Um dia, talvez, na aragem de um cochilo,
desvendá-lo será meu melhor presente!
Autor: Expedito Gonçalves Dias
(Escrito em Varginha em 10-05-2001, às 21:00 h, em casa)
0001-Meus Poemas - Falando de um sonho

Mensagens do Amigo do Rádio - Que nem bambu

Na corrida do dia-a-dia, na disputa dos espaços, ouvimos sempre alguém dizer que é preciso ter jogo-de-cintura. Que temos muito a aprender quanto a sermos mais flexíveis...

E isto é muito mais necessário ainda se encaramos a vida como uma maratona ou uma batalha realmente. E muitos o fazem dessa forma. Esses saem pra luta, todos os dias; já outros matam um leão por dia...

No outro extremo estão os que empurram com a barriga ou os que vão levando a vida, ou boiando na superfície, sem se comprometer, muito pelo contrário...

Existe, porém, uma forma diferente dessas duas já vistas de se vivenciar as situações. Existe um caminho do meio, uma terceira senda, mais sábia e eficaz. Existe uma forma lúdica, gostosa e natural daqueles que sabem dançar conforme a música!

Vamos falar sobre ela...
Antes devo esclarecer que eu não disse dos que dançam conforme a música. Mas dos que sabem dançar. Dos que que têm dentro de si essa capacidade intrínseca de perceber os movimentos e concaternar os passos com o ritmo.

Que percebem que nada está parado, que tudo muda a cada momento e que isto é o estado natural do universo, a forma como as coisas funcionam: O Eterno Deus Mudança, presente em tudo, tudo areja, e dá sentido ao caos.

São os que têm o já mencionado jogo de cintura e se movimentam de maneira solta, livre. Nada de enrijecimentos, preconceitos...

Estão preparados, dispostos e alegres. E fazem parte natural de qualquer paisagem.
Entram e saem de qualquer estrutura. Dão de si. Acrescentam algo da sua experiência por onde passam. Não exigem demais dos outros, mas de si mesmas. Participam, preenchem os espaços vazios com arte.

Não exigem nada em troca. Apenas dançam, jogam, brincam... se divertem.
 E se vão, se for necessário, sem se deixarem prender a nenhuma dessas estruturas.

São aqueles que permanecem na paisagem da vida como os bambus: Enfrentam as tempestades sobrevivendo a elas, pois têm raízes profundas.
SABEM se dobrar quando sobrevém a pressão, pois são flexíveis. Depois, se reerguem solenes!

Espero que você consiga trazer para a sua vida essa flexibilidade, essa leveza do bambu e seja feliz...

EU ESTOU TORCENDO POR VOCÊ!
Expedito G. Dias 
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  (Obs: Tentativa de colocar em texto as mensagens feitas de improviso no final do meu programa diário de rádio, o ESPAÇO C3 - CLUBE DA COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA, na 87,9 FM-Rádio Princesa do Sul-Varginha-MG)

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